Gosto de ver-te , ó Idanha ,
do cimo do teu castelo ,
espraio o olhar p'la campanha,
nunca vi cenário tão belo...
Nunca vi cenário tão belo,
olho à esquerda , Monsanto ,
em frente está a Senhora ,
depois , eu olho e m'espanto ...
Tenho certezas d ´outrora ,
sinto a bruma que me vem
lá das origens dos tempos ,
envolta em fosséis ,além ..
é Penha Garcia ... atento,
que magia que detem...
Como queria , ó Idanha,
Estar sempre p´ra ti a olhar ,
mesmo que veja Espanha ,
em ti espraio meu mirar .
Quem me dera ter-te aqui
sempre ,sempre a toda a hora,
Sempre pertinho de mim ,
mesmo que me vá embora .
Mesmo quando vou embora
tu estás no meu coração ,
coração que é da Idanha ,
nunca perde a ligação .
Quantos há , por esse mundo ,
chorando algures por ti ,
terra de nossos avós
deixa-nos voltar aquii ....
Pairam no ar os queixumes ,
dos que partiram e não vêm,
ó Idanha sentirás
a tristeza que eles têm??!!
Sinto a bruma do passado
e logo além está Monsanto ,
e mais em frente a Senhora ,
Ela é o nosso encanto .
Peço p'ra eles voltarem
e p´ra que eu volte também,
espraiando o meu olhar,
entre o divino e o passado ,
nesta terra de mistérios
a paz reina em todo o lado ...
Quina Salgueiro , Idanha-a- Nova ,Julho de 2003
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